HISTÓRICO
Almenara - farol, fortaleza, vigia, em língua
árabe - originou-se de um posto de vigilância instalado numa colina, à margem direita do Rio Jequitinhonha, em 1811, a mando do Alféres
Julião Fernandes Leão, numa época em que este rio era, praticamente, o único
meio de transporte entre o Arraial do Tijuco/MG e Belmonte/BA, pelo qual
escoava parte do ouro e do diamante extraídos de seu leito. Afim de proteger o
transporte dos produtos, feito através das canoas que constantemente desciam de
Minas, contra os selvagens ainda hostis, foram estabelecidos na região seis
postos militares, dentre eles o Quartel do Vigia. Denominado Vigia, o posto de
vigilância transformou-se em 1877 no Distrito de São João do Vigia. Até 1911
foi Distrito de Araçuaí e, depois, de Jequitinhonha. Em 13 de janeiro de 1938,
o então governador de Minas Gerais, Benedito Valadares por força do decreto lei
nº 1058, assinou a criação do Município de Vigia.
As histórias que fazem referência sobre as origens do atual município e
cidade de Almenara são registradas à partir de 1811, quando o Alferes Julião
Fernandes Leão, instalou no lugar, um posto de vigilância em defesa da Sétima
Divisão Militar de São Miguel e de apaziguamento dos índios Guaranis.
Em 1874, a única propriedade
existente no local pertencia à família Ferreira Souto. Naquele mesmo ano, foi
vendida aos senhores João Pedro de Oliveira Lages, João Antônio Cabacinhas e
Napoleão Fernandes Prates.
Em 1875, chegaram à então
localidade de Vigia, duas numerosas famílias: a de José Branco e a de José
Rodrigues, enviadas por João Antônio cabacinhas, com recomendações aos seus
sócios para que hospedassem em sua fazenda. Foram então construídas palhoças à
margem esquerda do Rio Jequitinhonha, para abrigo desses colonos. Originou-se
ali a povoação, numa área de coqueiros, um dos mais belos recantos do nordeste
de Minas Gerais.
Em 31 de dezembro de 1943, o Município de
Vigia passa, finalmente, a denominar-se Almenara, nome sugerido pelo
Desembargador Mário Matos, então secretário particular de Benedito Valadares.
Localizada no Nordeste de Minas Gerais, na região do baixo Jequitinhonha,
atualmente Almenara é cidade-pólo da micro região do Baixo Jequitinhonha
congregando em torno de si 22 municípios, com uma população em torno de 350 mil
habitantes. Almenara, terra cheia de encantos e recantos, com um povo
laborioso, alegre, comunicativo e bom, que com esperanças constrói a cada dia
uma trajetória de vida. A "Princesa do Vale" é procurada a todo
instante pelos habitantes de sua esfera de influência, ampliada por municípios
do sudoeste baiano, no sentido de usufruirem de serviços aqui prestados.
A verdadeira História
A Verdadeira História
Almenara foi
fundada pelo Alferes, Julião Fernandes com o nome de Povoado de São João do
Vigia em 1811. Situa-se no Estado de Minas Gerais na micro-região
165 a 190 metros de altitude a
nível do mar com área de 2.048 km2. O povoado foi transformado no distrito de
Vigia pela Lei provincial n° 3442 de 26 de setembro de 1877. Aqui chegou em
22.09.1918 Dr. Ponciano de Senna, médico clínico, ótimo redator, emérito e
eloqüente orador, dele partiu o sonho de emancipar o distrito de Vigia que
pertencia ao município de Jequitinhonha. Barreiras intransponíveis foram
encontradas; entretanto, elas não causaram esmorecimento ao ilustre e
competente médico. Foi promovida uma reunião na residência do Sr. João Moreira
de Meireles e convocadas todas as lideranças para que fossem traçadas as metas
prioritárias. Formou-se, então, uma comissão para colher os dados estatísticos
exigidos pelo D.A.M. - Secretaria de Estado de Assuntos Municipais, da seguinte
maneira: Agenor Pereira do Nascimento, Querobim Fróis Otôni e Anísio Gil. As
despesas que ocorreram e os animais para as viagens foram fornecidas pelo Sr.
Deraldo Brito Guimarães. Os dados mais importantes exigidos pela Comissão
Estadual de Emancipação de Distrito eram: censo populacional, número de
estabelecimentos comerciais, números de casas residenciais, escolas e número de
alunos, população bovina e eqüina, meio de comunicação e postos de saúde. Este
levantamento por demais cansativo e trabalhoso foi depois datilografado em três
vias e encaminhado ao órgão competente D.A. M. - Departamento de Assuntos
Municipais. Dr. Ponciano Senna encaminhou ao Excelentíssimo Senhor Governador
do Estado, Dr. Olegário Maciel, um ofício muito bem redigido e enumerando os
vários motivos da premente emancipação, anexando todos os dados e documentos
exigidos. Ao encerrar, disse ele: "Senhor Governador, a emancipação do
distrito de Vigia é a causa justa de um povo honrado que anseia pela
liberdade". O Vigia, edição n° 02 de 05 de julho de 1930, publicou um
patético artigo escrito por Dr. Ponciano de Senna, com a seguinte manchete em
sua primeira página: "ATÉ ENTÃO TEMOS VIVIDO NO REGIME DA ROLHA, BRADAR
EM ALTOS BRADOS, CLAMAR
AS NOSSAS REVOLTAS, POR QUE MEIO? Só agora graças a Olindo de Miranda com a
aquisição de uma máquina tipográfica teremos o veículo indispensável para levar
a todos recantos do estado nosso grito de liberdade !" O movimento
emancipacionista cada vez mais foi se solidificando com as lideranças de
Deraldo Brito Guimarães, José Souza Gomes, Olindo de Miranda, Dr. Benício Olegário
de Almeida, Joel Mares, Antenor Senna, Belarmino Soares, Samuel Alves de
Oliveira, Querobim Otôni, Agenor Pereira do Nascimento, Maria Cristina da
Silva, Angelina Pereira do Nascimento, Anísio Gil, Antônio de Castro Alves e
Dr. Hélio Rocha Guimarães, último nome que deixei para citar propositalmente
para prestar-lhe uma homenagem mais extensa, hei-la: Dr. Hélio Rocha Guimarães
nasceu em Conceição de Almeida em 22 de setembro de 1904, filho de Dr.
Constantino Possidônio Guimarães e D. Auspícia Rocha Guimarães, formado pela
Faculdade de Medicina de Salvador, turma de 1930. Para aqui veio a convite de
Dr. Francisco Borja Portela.
Chegou exatamente no dia 07 de
junho de 1932, quando o sino da igrejinha Nossa Senhora D'Ajuda, às 18 horas,
repicava convidando os fiéis para a oração da Ave Maria. Tinha ele apenas 28
anos, quando aqui desembarcara, trazendo na sua bagagem o diploma de médico e a
vontade de dar de si sem pensar em
si. Foi ele acolhido carinhosamente pelo casal Theodor e
Lindaura Prinz. De Pedra Azul para esta não podia dizer que era rodovia e sim
um carreiro, o transporte foi feito num fordinho de bigode, modelo 1928,
dirigido por viagem foram: Aloisio Argolo Nobre e Zezinho, que era arrieiro de
Theodor Prinz. A primeira paciente foi uma garotinha de nome Glória Pinto.
Acometida de uma forte gasinterite, foi ela carinhosamente tratada, quando não
existia os medicamentos sofisticados como hoje. A medicação era praticamente
formulada pelo médico e manipulada pelo farmacêutico. O certo é: pela sua
competência, pela dedicação a sua nobre profissão o seu nome ultrapassou
fronteiras. Não são mais 50 anos de medicina e sim 65. Dos bravos e incansáveis
pioneiros do movimento emancipacionista, Dr. Hélio, nosso estimado companheiro
sócio fundador do nosso clube é o único remanescente. O prêmio chegou em 13 de
Janeiro de 1938. O distrito de Vigia foi emancipado.
Quando
o locutor da rádio Inconfidência no noticiário das 19:30 divulgou a auspiciosa
notícia, a nova cidade transformou-se em festa. Ainda não
havia encerrado as comemorações de emancipação quando outro decreto elevava o
município à comarca de primeira entrância. O primeiro Juiz nomeado foi ; Dr.
Henrique Paula Ricardo e o primeiro Promotor foi Dr. Leandro Antônio Pimenta,
os primeiros advogados a militarem no Fórum foram: Dr. Euvaldo da Silva
Moreira, Dr. Reinaldo Veloso, Dr. Francisco de Paul a Horta e Dr. Oswaldo
Sebastião Pimenta. Dr. Ponciano de Senna o bravo, pioneiro de nossa
emancipação, faleceu na Fazenda Alterosa em 25 DE MARÇO DE 1932 sem ter visto
seu sonho encantado tornar-se realidade ; ainda bem, Dr. Ponciano seu sonho
valeu1 E como valeu ! As quiméricas premissas são, hoje, inexoravelmente o
orgulho do nosso povo. Volvemos nosso pensamento a Deus, num momento de
reflexão para agradecer aos nossos batalhadores na certeza inconteste de que
onde estiverem, estarão felizes e vibrando com o nosso progresso. Vocês foram
os responsáveis ! Pelo Decreto Lei n° 1058 de 31 de dezembro de 1943 o distrito
de Vigia passou a ser denominado de Almenara, nome árabe que significa farol
que se vê ao longe.
PREFEITOS DE ALMENARA
1938 À 1940 - Benedito Canabrava
1940 à 1945 - Dr. Acúrcio de
Lucena
1945 à 1946 - Oscar de Castro -
Dr. Henrique de Paula Ricardo - Firmino Torres - Querobin Fróis Otoni
1946 à 1950 - Hélio Rocha
Guimarães
1950 à 1954 - Benício Olegário
Almeida
1954 à 1958 - Cândido Mares Neto
1958 à 1962 - Edward de Souza
Figueiredo
1962 à 1966 - Trazíbulo Ferraz
Torres
1966 à 1970 - Hélio Rocha
Guimarães
1970 à 1973 - Fernando Antônio do
Amaral
1973 à 1977 - Exupério Alves
Cangussu
1977 à 1982 - Djalma Valença
Fazendeiro
1982 à 1988 - Exupério Alves
Cangussú
1989 à 1993 - roberto Martins Magno
1994 à 1995 - Cândido Mares Neto
1995 à 1996 - Exupério Alves
Cangussú
1997 à 2000 - Chaue Chequer Filho
2001 à 2004 - Manoel Francisco
2005 a 2008 - Carlos Luiz de Novaes
2009 a 2009 - Carlos Luiz de Novaes (cassado)
2009 a 2010 - Fabiane Ferraz (Prefeita Interina)
2010 a 2012 - Fabiane Ferraz (Eleita em decorrência da cassação de Carlos
Luiz de Novaes)
Memória Cronológica
1808
Carta Régia enviada pelo Príncipe
D. João VI, datada de 13 de maio, mandando fazer guerra aos índios botocudos,
devido às pressões dos colonizadores. Botocudos: são todos os povos que
formavam a Grande Família Aimoré. Aimorés: Era o nome dado pelos Tupis aos
povos que não viviam no litoral. Os portugueses os chamavam de Botocudos como
forma de crítica e deboche, pois os índios usavam enfeites de forma arredondada
nas orelhas nos lábios. Botoque: Nome dado pelo Portugueses à rolha com que se
fecha o barril de cachaça.
1811
A Guerra contra os índios do
Jequitinhonha é comandada do Calhau (Araçuaí) até Belmonte (Bahia), pelo chefe
da 7º Divisão Militar - Julião Taborda Fernandes Leão, que tem por objetivo:
Aldear e civilizar os índios; proteger os habitantes; ocopar a região e
guarnecer o Rio que dava muito ouro. Assim ele funda 4 postos avançados entre
ele o Quartel da Vigia ao lado direito do Rio Jequitinhonha. Os territórios
indígenas diminuiam e a poderosa organizaçào dos Botocudos se volta contra as
tribos menores, também vítimas das guerras. Julião Taborda Fernadnes Leão os
traz para o Farrancho (Guaranilândia) e os usa na Guerra contra os Botocudos.
1819
Guido Meliére - Militar Francês é
enviado à região para iniciar um nova política indigenista. Até esta data a
resistência dos Botocudos dura 11 anos.
1822
D. Pedro acaba com a concessão de
sesmarias em todo país, mas no Rio doce (MG e ES), a concessão continua a
acontecer até 1836.
1824
Guido Marliére e nomeado Diretor
do Índios de Minas, nesta época os abusos contra os Índios são indescritíveis
principalmente no Vale do Jequitinhonha.
1829
Marliére tendo feito amizade com
os Índios , e entendendo a tragédia que ocorre na Região é afastado do Rio
Doce, é o fim da Política da Boa Vizinhança.
Dessa Guerra sobreviveram os
Maxakalis. Expulsos do Jequitinhonha, juntam-se ao outro Grupo de Maxakalis, já
na cabeceira dos Rios Itanhém e Prado. Muitos de seus descendentes continuam,
morando na Beira do Jequitinhonha e em Guaranilândia.
1864
Vigia um lugarejo construído por
João Cabacinha, era composto de umas 6 palhoças.
1874
Na Região onde foi instalado o
Posto de vigia havia uma única propriedade que pertencia à família Ferreira
Souto. Naquele mesmo ano foi vendida aos Srs.: João Pedro de Oliveira Lages;
João Antônio Cabacinha e Napoleão Fernandes Prates.
1875
Chegam então à localidade de
Vigia duas numerosas famílias: a de José Branco e José Rodrigues, enviadas por
João Antônio Cabacinha com recomendações a seus sócios que as hospedassem em
sua fazenda à margem esquerda do Rio Jequitinhonha, para abrigo desses colonos.
Originou-se ali a povoação de São João do Vigia.
1877
Decreto nº 3442 transforma em Distrito São João
do Vigia a 26 de Setembro e a Lei Estadual nº 2 de 14 de setembro de 1891
figurando de acordo com A Divisão do Brasil como pertencente ao muniçipio de
Jequitinhonha ainda com denominação de “Vigia”. Nos quadors de apuração do
Recenseamento Geral de 1º de setembro de 1920, o Distrito consta com o topônimo
alterado para São Joào do Vigia; porém ainda com a denominaçào de Vigia.
1899
Aqui aportaram os Srs. Pedro
Antônio da Fonseca, Sr. Hermano Antônio de Souza , Pe. João Paulo de Souza
Barbosa, Sr. Filogêncio Olimpio de Souza, os primeiros pioneiros.
1910
Primeira professora primária
lecionou de 1910 a
1955: Sra. Maria Cristina da Silva.
1922
Inauguração do Telégrafo
Nacional.
1930
Fundado o Jornal “O Vigia” pelo
Sr. Olindo Miranda. Outros Jornais circulavam com relativa dificuldade com:
“Atalaia”, “Fênix”, etc.
1938
Assinatura do Decreto nº 58, pelo
Gov. Benedito Valadares, criando o Município de Vigia, no dia 12 de Janeiro (O
Decreto só entrou em vigor no dia seguinte - 13 de janeiro). Decreto Lei
Estadual nº 88 de 30 de março do mesmo ano apresenta o município de Vigia
composto dos Distritos de Vigia, Bandeira, jacinto, Palestina (atual Jordânia),
Pedra Grande, Rubim e Salto Grande. Elevação do Município a Comarca.
Inauguração da Energia Elétrica durante as festas de instalação do Município.
1943
Decreto Lei nº 1053 de 31 de
março designa que o Município de Vigia e seu Distrio sede passem a se denominar
Almenara (palavra árabe - designativo de fogaréu que se acendia nas Torres
Mouriscas - Farol). Criado o Posto de Puericultura em 17/10.
1947
Inaugurada a agência do Banco do
Brasil em 25/05. Fundação do Ginásio Dr. Fernando Magalhães, pelos Srs. Antônio
Fernades, Olindo de Miranda e Benício O Almeida.
1950
Inauguração do Aeroporto “Cirilo
de Queiroz” em 28 de julho.
1954
Fundada a 1ª cia Telefônica pelo
Sr. Grisogono de Almeida Martins em 14 de agosto com a sigla CIATA.
1961
Organizado 1º coral dirigido pelo
Maestro Tertuliano Silva.
1967
Inaugurada a Ponte sobre o Rio
Jequitinhonha em 22 de julho.
1970
Inaugurada a Biblioteca de
Almenara, 31 de Janeiro.
1972
Organizado o 2º coral denominado
“coral de Almenara”.
1973
1º Livro lançado em Almenara
“Vultos sem História” de autoria de J. Duarte.
1973 - 1977
Construção do Estádio Municipal
(Lisboão)
1976
Segunda instalação de água e
esgoto pela COPASA - mês de Janeiro
1979
No início do ano houve grande
enchente no Rios Doce , Jequitinhonha, Mucuri, São Francisco, Capiberibe, Carangola,
Sapucaí e Paraíba. Em Almenara, Jacinto e Jequitinhonha foi decretado Estado de
Calamidade Pública, felizmente sem mortes.
1982
Criada a Diocese de Almenara no
dia 6 de Setembro. Primeiro bispo Dom José Geraldo Oliveira do Vale.
Inauguração da Biblioteca Escolar Comunitária “Dr. José Eugênio Vilela
Aroeira”. Anexo E. E. Conde Afonso Celso.
1988
Cinquentenário - Almenara
comemora 50 anos de emancipação e graças a sua beleza natural passou a ser
chamada Princesa do Vale.
1989
Outra grande enchente em
Almenara, foi no mês de Dezembro, deixou muitas pessoas desabrigadas.
1990...
Hoje, Almenara é uma cidade em
pleno desenvolvimento e naturalmente os benefícios do progresso contribuem
ainda mais para que faça jus a posição de cidade pólo da Região. Algumas
melhorias e obras se destacam como: A Construção do Hospital Regional, bem com
o CAIC - Centro de Atenção Integral a Criança e ao Adolescente, e há projetos
para a área do turismo.
Almenara está localizada numa
região privilegiada pelo relevo e onde o Rio Jequitinhonha tem as praias mais
bonitas, tem uma economia baseada principalmente na pecuária, depois
agricultura e artesanato. A microregião de Almenara (parte da macro região d
Jequitinhonha/Mucuri) participa com 30,2% do total de Bovinos, contando ainda
com uma Empresa de Beneficiamento de Leite (Nestlê). A pecuária relaciona-se
principalmente à lavoura de feijão seguida de mandioca, milho, café e arroz.
Quanto ao potencial mineral é uma região rica em metais preciosos, mas não
desenvolve adequadamente seu exploração, incorrendo em extração clandestina e em desperdícios. Na
área da saúde existe carência de recurso humanos e materiais nos centros e
postos de saúde, além de um insuficiência quantitativa e qualitativa de recurso
e serviços de saúde pública. Prevalecem na região grandes endemias com a
esquistossomose, peste bubônica, malária, doença de chagas e leishimaniose
tegumentar, etc...
E inegável que o fato mais
preocupante para Almenara e toda região do Vale é a questão do Rio
Jequitinhonha que está definhando e os entraves políticos, o desconhecimento da
História e a falta de conceito de cidadania atrasam mais o processo de solução
do problema.
Lei que inclui Almenara e outras
cidades do Vale na área da Sudene
LEI N° 9.690/98, DE 15 DE JULHO
DE 1998
--------------------------------------------------------------------------------
Dispõe sobre a inclusão do Vale
do Jequitinhonha do Estado de Minas Gerais e de Municípios da região norte do
Estado do Espírito Santo na área de atuação da Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste-SUDENE.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Para os efeitos da Lei nº
3.692, de 15 de dezembro de 1959, é o Poder Executivo autorizado a incluir na
área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, os
Municípios de Almenara, Araçuaí Bandeira, Berilo, Cachoeira do Pajeú,
Capelinha, Caraí, Carbonita, Chapada do Norte, Comercinho, Coronel Murta, Couto
Magalhães de Minas, Datas, Diamantina, Divisópolis, Felício dos Santos,
Felisburgo, Francisco Badaró, Itamarandiba, Itaobim, Itinga, Jacinto,
Jequitinhonha, Joaíma, Jordânia, Malacacheta Mata Verde Medina, Minas Novas,
Montezuma, Novo Cruzeiro, Padre Paraíso Palmópolis, Pedra Azul, Rio do Prado,
Rio Vermelho, Rubim, Salto da Divisa, Santa Maria do Salto, Santo Antônio
Jacinto Senador Modestino Gonçalves, São Gonçalo do Rio Preto, Serro,
Turmalina, Virgem da Lapa, da região do Vale do Jequitinhonha, no Estado de
Minas Gerais, e os Municípios de Baixo Guandu, Colatina, Linhares, Marilândia,
Rio Bananal, São Domingos do Norte, Pancas, Sooretama, Alto Rio Novo, Águia
Branca, São Gabriel da Palha, Vila Valério, Jaguaré, Mantenópolis, Barra de São
Francisco, Vila Pavão, Água Doce do Norte, Nova Venécia, São Mateus, Conceição
da Barra Boa Esperança, Pinheiros, Ecoporanga, Ponto Belo, Montanha, Mucurici e
Pedro Canário, da região norte do Estado do Espírito Santo.
Art. 2º O Poder Executivo
regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias. Art. 3° Esta Lei entra em
vigor na data de sua publicação.
Brasília, 15 de julho de 1998;
177º da Independência e 110º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Paulo Paiva
D.O.U.,16/07/98.
Almenara você é
incontestavelmente a princesa do Vale do Jequitinhonha.
Durante muito tempo Almenara teve a maior praia fluvial do Brasil. A
poluição do Rio Jequitinhonha, causada pela extração do ouro feita com mercúrio
trouxe danos imensos ao rio, diminuindo seu volume e, conseqüentemente
alterando seu curso, retirou-lhe este atrativo.
A região vive essencialmente da pecuária.
___________________________________________________Fonte: Autor ainda não identificado.