sábado, 1 de janeiro de 2011

3º Presidente do Brasil:Prudente José de Morais Barros


Prudente José de Morais Barros

(1841 - 1902)

  Presidente da república brasileira nascido nos arredores de Itu, SP, primeiro presidente civil do Brasil (1894-1898) e primeiro a ser eleito por sufrágio universal. Com menos de três anos perdeu o pai, comerciante de animais, assassinado por um escravo. Após o segundo casamento da mãe, passou a residir na cidade, onde concluiu o curso primário. Graduou-se em direito em São Paulo, SP (1863) e transferiu-se para Piracicaba, SP, onde iniciou a carreira política. Eleito vereador (1865) pelo Partido Liberal, presidiu a Câmara Municipal e (1876) declarou-se republicano, tendência que representou na Assembléia Provincial e depois na Assembléia Geral do império (1885). Proclamada a república, foi um dos integrantes da junta de governo de São Paulo e governador (1889-1890). Elegeu-se em seguida senador e presidiu a constituinte (1890-1891) e disputou numa eleição indireta, e perdeu, a presidência da república para Deodoro da Fonseca. Depois presidiu o Senado até o fim do mandato e tornou-se sucessor de Floriano Peixoto, candidato pelo Partido Republicano Federal. Assumiu (1894), durante a guerra civil que só findou no ano seguinte, e dedicou todos os seus esforços à pacificação das facções, que tinham em seus extremos os defensores do governo forte de Floriano e os partidários da monarquia. Enfrentou a ocupação da ilha da Trindade pelo Reino Unido e a revolta da Escola Militar (1896) fechando a escola e o clube militar. Combateu na Bahia os amotinados de Antônio Conselheiro, mas obrigado a submeter-se a uma cirurgia, passou o cargo ao vice-presidente, Manuel Vitorino Pereira. Na volta ao governo nomeou ministro da Guerra o general Carlos Machado Bittencourt, que derrotou os fanáticos, mas morreu em um atentado, em Salvador. Obtida a paz interna, o que lhe deu grande popularidade ao fim do mandato, negociou com os banqueiros ingleses a consolidação da dívida externa, operação financeira que ficou conhecida como funding loan, com seus ministros da Fazenda, Rodrigues Alves e Bernardino de Campos, base da política executada por Joaquim Murtinho no governo de Manuel Ferraz do Campos Sales. Após deixar a presidência, retirou-se para Piracicaba, onde  morreu.
Figura copiada do site oficial da PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:

2º Presidente do Brasil: Floriano Vieira Peixoto


Floriano Vieira Peixoto
(1839 - 1895)

  Presidente militar da república brasileira (1891-1894) nascido no engenho do Riacho Grande, em Ipioca, AL, cuja determinação com que enfrentou as sucessivas rebeliões pós proclamação da república lhe deram o cognome de o marechal de ferro. De origem humilde foi criado por um tio e padrinho, o coronel José Vieira de Araújo Peixoto. De formação primária em Maceió, transferiu-se para o Rio de Janeiro (1955), onde se matriculou no Colégio São Pedro de Alcântara, assentou praça (1857) e ingressou na Escola Militar (1861). Com a patente de primeiro-tenente (1863), foi servir em Bajé, RS. Participou ativamente da Guerra do Paraguai, como das batalhas da retomada de Uruguaiana e da batalha final em Cerro Corá, onde foi morto Solano López. Terminada a guerra, foi promovido a tenente-coronel e, após concluir o curso de ciências físicas e matemáticas, serviu depois no Amazonas, Alagoas e Pernambuco. Promovido a brigadeiro (1883), foi presidente da província de Mato Grosso (1884-1885). Embora não tenha participado das conspirações republicanas, foi solidário ao marechal Deodoro da Fonseca, recusando-se a cumprir ordens do visconde de Ouro Preto (1889) para dispersar os rebeldes do Campo de Santana e foi nomeado ministro da Guerra (1890) do novo governo. No ano seguinte elegeu-se vice-presidente pelo Congresso Constituinte em 25 de fevereiro e com a renúncia de Deodoro, em 23 de novembro, assumiu a presidência (1891). Destituiu os governadores estaduais que haviam apoiado Deodoro e negou aos oposicionistas novas eleições constitucionais. Ameaçado por um manifesto pela renúncia do governo assinado por grupo de generais e almirantes (1892), demitiu e reformou todos os signatários. Em seguida suspendeu as garantias constitucionais e ordenou prisões e desterros em massa e, assim conseguiu do Congresso (1892) a legitimação do seu mandato presidencial até 15 de novembro (1894). Decretou uma anistia geral e no ano seguinte (1893) sufocou com violência a revolução federalista do sul e a revolta da armada, no Rio de Janeiro, que juntos pretendiam restaurar a monarquia, especialmente no Paraná e em Santa Catarina, com centenas de fuzilamentos. Após cumprir integralmente seu mandato presidencial e com a saúde abalada, seguiu para uma estação de repouso em Cambuquira, MG, e depois transferiu-se para Divisa, hoje Floriano, no município de Barra Mansa, RJ, onde morreu em 29 de junho do ano seguinte.
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https://www.presidencia.gov.br/

1º Presidente do Brasil: Manoel Deodoro da Fonseca


Manoel Deodoro da Fonseca
(1827 - 1892)

  Presidente da república brasileira (1889-1891) nascido em Alagoas, hoje Deodoro, AL, marechal do Exército proclamador da República e primeiro presidente do Brasil (1891). De uma família de militares, entrou na Escola Militar (1843), lutou contra a revolução praieira (1848-1849), como tenente do Exército enviado para Pernambuco. Já capitão, participou do cerco e capitulação de Montevidéu (1865) e, depois, da campanha do Paraguai de onde retornou como herói, no posto de coronel (1870). Promovido a brigadeiro (1874) e a marechal-de-campo (1884), no comando de armas do Rio Grande do Sul, apoiou o tenente-coronel republicano Antônio de Sena Madureira em sua crítica a administração de um ex-ministro da Guerra. De volta ao Rio, foi alvo de grandes homenagens por parte de abolicionistas e republicanos e acabou absolvido do processo. Em seguida assinou um manifesto juntamente com o visconde de Pelotas definindo os pontos de vista das forças armadas e fundou o Clube Militar, tornando-se seu primeiro presidente (1887). Após a abolição da escravatura, o governo imperial resolveu afastá-lo da corte, designando-o para o comando em Mato Grosso (1888). Inconformado com a nomeação para presidente da província do coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos, um oficial de patente inferior, regressou ao Rio de Janeiro, em setembro (1889), quando a queda da monarquia era questão de dias. Por seu prestígio junto à tropa, coube-lhe papel decisivo no movimento de 15 de novembro e assumiu a chefia do governo provisório. Procedeu à separação da igreja e do estado, instituiu o casamento civil e convocou o Congresso Constituinte que o elegeu presidente da república no primeiro mês do ano (1891). Auxiliado pelo barão de Lucena, se mostrou impotente para enfrentar a crise entre os poderes legislativo e executivo, no dia 3 de novembro dissolveu o Congresso, por se sentir atingido em sua honra pessoal e de chefe de estado pela lei de responsabilidade do presidente da república em curso no Senado, o que gerou uma imediata e profunda crise institucional que só terminaria com sua renúncia, inclusive com a revolta da Marinha. Perdido o controle sobre as forças armadas, renunciou no dia 23 de novembro com um manifesto lacônico, afirmando "o desejo de não deixar atear-se a guerra civil na minha cara pátria". Morreu no Rio de Janeiro, em 23 de agosto do ano seguinte, nove meses depois de deixar a presidência.
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Histórico completo de Almenara



HISTÓRICO

 Almenara - farol, fortaleza, vigia, em língua árabe - originou-se de um posto de vigilância instalado numa colina,  à margem direita do Rio Jequitinhonha, em 1811, a mando do Alféres Julião Fernandes Leão, numa época em que este rio era, praticamente, o único meio de transporte entre o Arraial do Tijuco/MG e Belmonte/BA, pelo qual escoava parte do ouro e do diamante extraídos de seu leito. Afim de proteger o transporte dos produtos, feito através das canoas que constantemente desciam de Minas, contra os selvagens ainda hostis, foram estabelecidos na região seis postos militares, dentre eles o Quartel do Vigia. Denominado Vigia, o posto de vigilância transformou-se em 1877 no Distrito de São João do Vigia. Até 1911 foi Distrito de Araçuaí e, depois, de Jequitinhonha. Em 13 de janeiro de 1938, o então governador de Minas Gerais, Benedito Valadares por força do decreto lei nº 1058, assinou a criação do Município de Vigia.
  As histórias que fazem referência sobre as origens do atual município e cidade de Almenara são registradas à partir de 1811, quando o Alferes Julião Fernandes Leão, instalou no lugar, um posto de vigilância em defesa da Sétima Divisão Militar de São Miguel e de apaziguamento dos índios Guaranis.
Em 1874, a única propriedade existente no local pertencia à família Ferreira Souto. Naquele mesmo ano, foi vendida aos senhores João Pedro de Oliveira Lages, João Antônio Cabacinhas e Napoleão Fernandes Prates.

Em 1875, chegaram à então localidade de Vigia, duas numerosas famílias: a de José Branco e a de José Rodrigues, enviadas por João Antônio cabacinhas, com recomendações aos seus sócios para que hospedassem em sua fazenda. Foram então construídas palhoças à margem esquerda do Rio Jequitinhonha, para abrigo desses colonos. Originou-se ali a povoação, numa área de coqueiros, um dos mais belos recantos do nordeste de Minas Gerais.



 Em 31 de dezembro de 1943, o Município de Vigia passa, finalmente, a denominar-se Almenara, nome sugerido pelo Desembargador Mário Matos, então secretário particular de Benedito Valadares. Localizada no Nordeste de Minas Gerais, na região do baixo Jequitinhonha, atualmente Almenara é cidade-pólo da micro região do Baixo Jequitinhonha congregando em torno de si 22 municípios, com uma população em torno de 350 mil habitantes. Almenara, terra cheia de encantos e recantos, com um povo laborioso, alegre, comunicativo e bom, que com esperanças constrói a cada dia uma trajetória de vida. A "Princesa do Vale" é procurada a todo instante pelos habitantes de sua esfera de influência, ampliada por municípios do sudoeste baiano, no sentido de usufruirem de serviços aqui prestados.     
 A verdadeira História

A Verdadeira História
Almenara foi fundada pelo Alferes, Julião Fernandes com o nome de Povoado de São João do Vigia em 1811. Situa-se no Estado de Minas Gerais na micro-região 165 a 190 metros de altitude a nível do mar com área de 2.048 km2. O povoado foi transformado no distrito de Vigia pela Lei provincial n° 3442 de 26 de setembro de 1877. Aqui chegou em 22.09.1918 Dr. Ponciano de Senna, médico clínico, ótimo redator, emérito e eloqüente orador, dele partiu o sonho de emancipar o distrito de Vigia que pertencia ao município de Jequitinhonha. Barreiras intransponíveis foram encontradas; entretanto, elas não causaram esmorecimento ao ilustre e competente médico. Foi promovida uma reunião na residência do Sr. João Moreira de Meireles e convocadas todas as lideranças para que fossem traçadas as metas prioritárias. Formou-se, então, uma comissão para colher os dados estatísticos exigidos pelo D.A.M. - Secretaria de Estado de Assuntos Municipais, da seguinte maneira: Agenor Pereira do Nascimento, Querobim Fróis Otôni e Anísio Gil. As despesas que ocorreram e os animais para as viagens foram fornecidas pelo Sr. Deraldo Brito Guimarães. Os dados mais importantes exigidos pela Comissão Estadual de Emancipação de Distrito eram: censo populacional, número de estabelecimentos comerciais, números de casas residenciais, escolas e número de alunos, população bovina e eqüina, meio de comunicação e postos de saúde. Este levantamento por demais cansativo e trabalhoso foi depois datilografado em três vias e encaminhado ao órgão competente D.A. M. - Departamento de Assuntos Municipais. Dr. Ponciano Senna encaminhou ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, Dr. Olegário Maciel, um ofício muito bem redigido e enumerando os vários motivos da premente emancipação, anexando todos os dados e documentos exigidos. Ao encerrar, disse ele: "Senhor Governador, a emancipação do distrito de Vigia é a causa justa de um povo honrado que anseia pela liberdade". O Vigia, edição n° 02 de 05 de julho de 1930, publicou um patético artigo escrito por Dr. Ponciano de Senna, com a seguinte manchete em sua primeira página: "ATÉ ENTÃO TEMOS VIVIDO NO REGIME DA ROLHA, BRADAR EM ALTOS BRADOS, CLAMAR AS NOSSAS REVOLTAS, POR QUE MEIO? Só agora graças a Olindo de Miranda com a aquisição de uma máquina tipográfica teremos o veículo indispensável para levar a todos recantos do estado nosso grito de liberdade !" O movimento emancipacionista cada vez mais foi se solidificando com as lideranças de Deraldo Brito Guimarães, José Souza Gomes, Olindo de Miranda, Dr. Benício Olegário de Almeida, Joel Mares, Antenor Senna, Belarmino Soares, Samuel Alves de Oliveira, Querobim Otôni, Agenor Pereira do Nascimento, Maria Cristina da Silva, Angelina Pereira do Nascimento, Anísio Gil, Antônio de Castro Alves e Dr. Hélio Rocha Guimarães, último nome que deixei para citar propositalmente para prestar-lhe uma homenagem mais extensa, hei-la: Dr. Hélio Rocha Guimarães nasceu em Conceição de Almeida em 22 de setembro de 1904, filho de Dr. Constantino Possidônio Guimarães e D. Auspícia Rocha Guimarães, formado pela Faculdade de Medicina de Salvador, turma de 1930. Para aqui veio a convite de Dr. Francisco Borja Portela.

  
Chegou exatamente no dia 07 de junho de 1932, quando o sino da igrejinha Nossa Senhora D'Ajuda, às 18 horas, repicava convidando os fiéis para a oração da Ave Maria. Tinha ele apenas 28 anos, quando aqui desembarcara, trazendo na sua bagagem o diploma de médico e a vontade de dar de si sem pensar em si. Foi ele acolhido carinhosamente pelo casal Theodor e Lindaura Prinz. De Pedra Azul para esta não podia dizer que era rodovia e sim um carreiro, o transporte foi feito num fordinho de bigode, modelo 1928, dirigido por viagem foram: Aloisio Argolo Nobre e Zezinho, que era arrieiro de Theodor Prinz. A primeira paciente foi uma garotinha de nome Glória Pinto. Acometida de uma forte gasinterite, foi ela carinhosamente tratada, quando não existia os medicamentos sofisticados como hoje. A medicação era praticamente formulada pelo médico e manipulada pelo farmacêutico. O certo é: pela sua competência, pela dedicação a sua nobre profissão o seu nome ultrapassou fronteiras. Não são mais 50 anos de medicina e sim 65. Dos bravos e incansáveis pioneiros do movimento emancipacionista, Dr. Hélio, nosso estimado companheiro sócio fundador do nosso clube é o único remanescente. O prêmio chegou em 13 de Janeiro de 1938. O distrito de Vigia foi emancipado.



Quando o locutor da rádio Inconfidência no noticiário das 19:30 divulgou a auspiciosa notícia, a nova cidade transformou-se em festa. Ainda não havia encerrado as comemorações de emancipação quando outro decreto elevava o município à comarca de primeira entrância. O primeiro Juiz nomeado foi ; Dr. Henrique Paula Ricardo e o primeiro Promotor foi Dr. Leandro Antônio Pimenta, os primeiros advogados a militarem no Fórum foram: Dr. Euvaldo da Silva Moreira, Dr. Reinaldo Veloso, Dr. Francisco de Paul a Horta e Dr. Oswaldo Sebastião Pimenta. Dr. Ponciano de Senna o bravo, pioneiro de nossa emancipação, faleceu na Fazenda Alterosa em 25 DE MARÇO DE 1932 sem ter visto seu sonho encantado tornar-se realidade ; ainda bem, Dr. Ponciano seu sonho valeu1 E como valeu ! As quiméricas premissas são, hoje, inexoravelmente o orgulho do nosso povo. Volvemos nosso pensamento a Deus, num momento de reflexão para agradecer aos nossos batalhadores na certeza inconteste de que onde estiverem, estarão felizes e vibrando com o nosso progresso. Vocês foram os responsáveis ! Pelo Decreto Lei n° 1058 de 31 de dezembro de 1943 o distrito de Vigia passou a ser denominado de Almenara, nome árabe que significa farol que se vê ao longe.





PREFEITOS DE ALMENARA

1938 À 1940 - Benedito Canabrava
1940 à 1945 - Dr. Acúrcio de Lucena
1945 à 1946 - Oscar de Castro - Dr. Henrique de Paula Ricardo - Firmino Torres - Querobin Fróis Otoni
1946 à 1950 - Hélio Rocha Guimarães
1950 à 1954 - Benício Olegário Almeida
1954 à 1958 - Cândido Mares Neto
1958 à 1962 - Edward de Souza Figueiredo
1962 à 1966 - Trazíbulo Ferraz Torres
1966 à 1970 - Hélio Rocha Guimarães
1970 à 1973 - Fernando Antônio do Amaral
1973 à 1977 - Exupério Alves Cangussu
1977 à 1982 - Djalma Valença Fazendeiro
1982 à 1988 - Exupério Alves Cangussú
1989 à 1993 - roberto Martins Magno
1994 à 1995 - Cândido Mares Neto
1995 à 1996 - Exupério Alves Cangussú
1997 à 2000 - Chaue Chequer Filho
2001 à 2004 - Manoel Francisco
2005 a 2008 - Carlos Luiz de Novaes
2009 a 2009 - Carlos Luiz de Novaes (cassado)
2009 a 2010 - Fabiane Ferraz (Prefeita Interina)
2010 a 2012 - Fabiane Ferraz (Eleita em decorrência da cassação de Carlos Luiz de Novaes)


Memória Cronológica

1808

Carta Régia enviada pelo Príncipe D. João VI, datada de 13 de maio, mandando fazer guerra aos índios botocudos, devido às pressões dos colonizadores. Botocudos: são todos os povos que formavam a Grande Família Aimoré. Aimorés: Era o nome dado pelos Tupis aos povos que não viviam no litoral. Os portugueses os chamavam de Botocudos como forma de crítica e deboche, pois os índios usavam enfeites de forma arredondada nas orelhas nos lábios. Botoque: Nome dado pelo Portugueses à rolha com que se fecha o barril de cachaça.

1811

A Guerra contra os índios do Jequitinhonha é comandada do Calhau (Araçuaí) até Belmonte (Bahia), pelo chefe da 7º Divisão Militar - Julião Taborda Fernandes Leão, que tem por objetivo: Aldear e civilizar os índios; proteger os habitantes; ocopar a região e guarnecer o Rio que dava muito ouro. Assim ele funda 4 postos avançados entre ele o Quartel da Vigia ao lado direito do Rio Jequitinhonha. Os territórios indígenas diminuiam e a poderosa organizaçào dos Botocudos se volta contra as tribos menores, também vítimas das guerras. Julião Taborda Fernadnes Leão os traz para o Farrancho (Guaranilândia) e os usa na Guerra contra os Botocudos.

1819

Guido Meliére - Militar Francês é enviado à região para iniciar um nova política indigenista. Até esta data a resistência dos Botocudos dura 11 anos.

1822

D. Pedro acaba com a concessão de sesmarias em todo país, mas no Rio doce (MG e ES), a concessão continua a acontecer até 1836.

1824

Guido Marliére e nomeado Diretor do Índios de Minas, nesta época os abusos contra os Índios são indescritíveis principalmente no Vale do Jequitinhonha.

1829

Marliére tendo feito amizade com os Índios , e entendendo a tragédia que ocorre na Região é afastado do Rio Doce, é o fim da Política da Boa Vizinhança.
Dessa Guerra sobreviveram os Maxakalis. Expulsos do Jequitinhonha, juntam-se ao outro Grupo de Maxakalis, já na cabeceira dos Rios Itanhém e Prado. Muitos de seus descendentes continuam, morando na Beira do Jequitinhonha e em Guaranilândia.

1864

Vigia um lugarejo construído por João Cabacinha, era composto de umas 6 palhoças.

1874

Na Região onde foi instalado o Posto de vigia havia uma única propriedade que pertencia à família Ferreira Souto. Naquele mesmo ano foi vendida aos Srs.: João Pedro de Oliveira Lages; João Antônio Cabacinha e Napoleão Fernandes Prates.

1875

Chegam então à localidade de Vigia duas numerosas famílias: a de José Branco e José Rodrigues, enviadas por João Antônio Cabacinha com recomendações a seus sócios que as hospedassem em sua fazenda à margem esquerda do Rio Jequitinhonha, para abrigo desses colonos. Originou-se ali a povoação de São João do Vigia.

1877

Decreto nº 3442 transforma em Distrito São João do Vigia a 26 de Setembro e a Lei Estadual nº 2 de 14 de setembro de 1891 figurando de acordo com A Divisão do Brasil como pertencente ao muniçipio de Jequitinhonha ainda com denominação de “Vigia”. Nos quadors de apuração do Recenseamento Geral de 1º de setembro de 1920, o Distrito consta com o topônimo alterado para São Joào do Vigia; porém ainda com a denominaçào de Vigia.

1899

Aqui aportaram os Srs. Pedro Antônio da Fonseca, Sr. Hermano Antônio de Souza , Pe. João Paulo de Souza Barbosa, Sr. Filogêncio Olimpio de Souza, os primeiros pioneiros.

1910

Primeira professora primária lecionou de 1910 a 1955: Sra. Maria Cristina da Silva.

1922

Inauguração do Telégrafo Nacional.

1930

Fundado o Jornal “O Vigia” pelo Sr. Olindo Miranda. Outros Jornais circulavam com relativa dificuldade com: “Atalaia”, “Fênix”, etc.

1938

Assinatura do Decreto nº 58, pelo Gov. Benedito Valadares, criando o Município de Vigia, no dia 12 de Janeiro (O Decreto só entrou em vigor no dia seguinte - 13 de janeiro). Decreto Lei Estadual nº 88 de 30 de março do mesmo ano apresenta o município de Vigia composto dos Distritos de Vigia, Bandeira, jacinto, Palestina (atual Jordânia), Pedra Grande, Rubim e Salto Grande. Elevação do Município a Comarca. Inauguração da Energia Elétrica durante as festas de instalação do Município.

1943

Decreto Lei nº 1053 de 31 de março designa que o Município de Vigia e seu Distrio sede passem a se denominar Almenara (palavra árabe - designativo de fogaréu que se acendia nas Torres Mouriscas - Farol). Criado o Posto de Puericultura em 17/10.

1947

Inaugurada a agência do Banco do Brasil em 25/05. Fundação do Ginásio Dr. Fernando Magalhães, pelos Srs. Antônio Fernades, Olindo de Miranda e Benício O Almeida.

1950

Inauguração do Aeroporto “Cirilo de Queiroz” em 28 de julho.

1954

Fundada a 1ª cia Telefônica pelo Sr. Grisogono de Almeida Martins em 14 de agosto com a sigla CIATA.

1961

Organizado 1º coral dirigido pelo Maestro Tertuliano Silva.

1967

Inaugurada a Ponte sobre o Rio Jequitinhonha em 22 de julho.

1970

Inaugurada a Biblioteca de Almenara, 31 de Janeiro.

1972

Organizado o 2º coral denominado “coral de Almenara”.

1973

1º Livro lançado em Almenara “Vultos sem História” de autoria de J. Duarte.

1973 - 1977

Construção do Estádio Municipal (Lisboão)

1976

Segunda instalação de água e esgoto pela COPASA - mês de Janeiro

1979

No início do ano houve grande enchente no Rios Doce , Jequitinhonha, Mucuri, São Francisco, Capiberibe, Carangola, Sapucaí e Paraíba. Em Almenara, Jacinto e Jequitinhonha foi decretado Estado de Calamidade Pública, felizmente sem mortes.

1982

Criada a Diocese de Almenara no dia 6 de Setembro. Primeiro bispo Dom José Geraldo Oliveira do Vale. Inauguração da Biblioteca Escolar Comunitária “Dr. José Eugênio Vilela Aroeira”. Anexo E. E. Conde Afonso Celso.

1988

Cinquentenário - Almenara comemora 50 anos de emancipação e graças a sua beleza natural passou a ser chamada Princesa do Vale.

1989

Outra grande enchente em Almenara, foi no mês de Dezembro, deixou muitas pessoas desabrigadas.

1990...

Hoje, Almenara é uma cidade em pleno desenvolvimento e naturalmente os benefícios do progresso contribuem ainda mais para que faça jus a posição de cidade pólo da Região. Algumas melhorias e obras se destacam como: A Construção do Hospital Regional, bem com o CAIC - Centro de Atenção Integral a Criança e ao Adolescente, e há projetos para a área do turismo.
Almenara está localizada numa região privilegiada pelo relevo e onde o Rio Jequitinhonha tem as praias mais bonitas, tem uma economia baseada principalmente na pecuária, depois agricultura e artesanato. A microregião de Almenara (parte da macro região d Jequitinhonha/Mucuri) participa com 30,2% do total de Bovinos, contando ainda com uma Empresa de Beneficiamento de Leite (Nestlê). A pecuária relaciona-se principalmente à lavoura de feijão seguida de mandioca, milho, café e arroz. Quanto ao potencial mineral é uma região rica em metais preciosos, mas não desenvolve adequadamente seu exploração, incorrendo em extração clandestina e em desperdícios. Na área da saúde existe carência de recurso humanos e materiais nos centros e postos de saúde, além de um insuficiência quantitativa e qualitativa de recurso e serviços de saúde pública. Prevalecem na região grandes endemias com a esquistossomose, peste bubônica, malária, doença de chagas e leishimaniose tegumentar, etc...
E inegável que o fato mais preocupante para Almenara e toda região do Vale é a questão do Rio Jequitinhonha que está definhando e os entraves políticos, o desconhecimento da História e a falta de conceito de cidadania atrasam mais o processo de solução do problema.

Lei que inclui Almenara e outras cidades do Vale na área da Sudene

LEI N° 9.690/98, DE 15 DE JULHO DE 1998
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Dispõe sobre a inclusão do Vale do Jequitinhonha do Estado de Minas Gerais e de Municípios da região norte do Estado do Espírito Santo na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste-SUDENE.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Para os efeitos da Lei nº 3.692, de 15 de dezembro de 1959, é o Poder Executivo autorizado a incluir na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, os Municípios de Almenara, Araçuaí Bandeira, Berilo, Cachoeira do Pajeú, Capelinha, Caraí, Carbonita, Chapada do Norte, Comercinho, Coronel Murta, Couto Magalhães de Minas, Datas, Diamantina, Divisópolis, Felício dos Santos, Felisburgo, Francisco Badaró, Itamarandiba, Itaobim, Itinga, Jacinto, Jequitinhonha, Joaíma, Jordânia, Malacacheta Mata Verde Medina, Minas Novas, Montezuma, Novo Cruzeiro, Padre Paraíso Palmópolis, Pedra Azul, Rio do Prado, Rio Vermelho, Rubim, Salto da Divisa, Santa Maria do Salto, Santo Antônio Jacinto Senador Modestino Gonçalves, São Gonçalo do Rio Preto, Serro, Turmalina, Virgem da Lapa, da região do Vale do Jequitinhonha, no Estado de Minas Gerais, e os Municípios de Baixo Guandu, Colatina, Linhares, Marilândia, Rio Bananal, São Domingos do Norte, Pancas, Sooretama, Alto Rio Novo, Águia Branca, São Gabriel da Palha, Vila Valério, Jaguaré, Mantenópolis, Barra de São Francisco, Vila Pavão, Água Doce do Norte, Nova Venécia, São Mateus, Conceição da Barra Boa Esperança, Pinheiros, Ecoporanga, Ponto Belo, Montanha, Mucurici e Pedro Canário, da região norte do Estado do Espírito Santo.

Art. 2º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias. Art. 3° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 15 de julho de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Paulo Paiva

D.O.U.,16/07/98. 

Almenara você é incontestavelmente a princesa do Vale do Jequitinhonha.


Durante muito tempo Almenara teve a maior praia fluvial do Brasil. A poluição do Rio Jequitinhonha, causada pela extração do ouro feita com mercúrio trouxe danos imensos ao rio, diminuindo seu volume e, conseqüentemente alterando seu curso, retirou-lhe este atrativo.

A região vive essencialmente da pecuária.

___________________________________________________Fonte: Autor ainda não identificado.